domingo, 29 de março de 2009

Paradoxo temporal, e agora?


Your mind will be raped after this. Really.
Paradoxo temporal, algo realmente fora de se pensar, mas neste fatídico domingo eu, Uólace e Kracker entramos neste assunto e 'formulamos' algumas idéias bizarras envolvendo o tempo. Então, aqui seguem as 3 idéias, uma delas envolvendo o CLÁSSICO
Bernardo e Seu Relógio:

  1. Parar o tempo: Tudo bem, você pode parar o tempo. Enquanto TODO O UNIVERSO encontra-se parado, sem passar dias, horas, minutos, segundos pra todos os seres vivos e não-vivos do Universo, apenas você que parou o tempo consegue se mexer e realizar 'qualquer' atividade normal (relevemos as leis da física e afins). Mas afinal, o tempo parou, mas seu corpo continua funcionando normalmente, seu metabolismo, sua mente, seu crescimento, sua alma, seu envelhecimento. E aí é onde quero chegar: envelhecer. Afinal, o 'seu tempo' não parou, e você continua envelhecendo. E passam-se 40 anos e você está 40 anos mais velho, mas o mundo continua igual. Se eu estiver na presença de alguém, e passe 40 anos com o tempo parado e depois eu volte com ele, a pessoa que tinha 20 anos continua com vinte, mas eu estou 40 anos mais velho num piscar de olhos para esse pessoa. Sim, você irá morrer mais cedo.
  2. Viajar ao passado e matar seu avô: Cruel, contra os conceitos da família, mas imaginemos. Você viaja ao passado antes de seu avô engravidar sua avó, antes mesmo de casar. Se ele está morto, como você nasceu? E como você voltou e o matou, afinal, se ele morreu, você não nasceu, mas você o matou, e você está vivo, não? Afinal, seriam criados universos paralelos, não existe nada disso, a 4ª Dimensão?
  3. Viajar ao futuro e mudar o passado: A mais 'batida' de todas, mas também geram muitas, muitas idéias. Se você viajar ao futuro e disser para o seu eu futuro não fazer algo, ou contar uma verdade sobre a família nunca descoberta, ou matar alguém importante que não vá inventar algo. Descobrir algo que vá acontecer e fazer antes. Você muda o passado, mas ao mesmo tempo muda o presente, e o futuro. E se você voltar, existirá um outro você num outro universo, sendo 2 'você', com duas realidades diferentes. E o choque em encontrar você mesmo, em outra dimensão?
Sim sim, eu sei, porra louca pensar nisso, mas é exatamente porque é divertido. Não pensamos o que teria acontecido se tivessemos feito algo diferente? Esse post pode mudar todo o meu futuro que antes era para ser de algum jeito, e agora é de outro. Alguém pode ter parado o tempo neste exato momento por séculos, e nem sequer percebemos.

A CONCLUSÃO?
"Blue Screen of Death"


Resumo pro Volkmann: "And shall God open de Control Panel and re-boot the main system" Time Paradox 9, 18-20


quinta-feira, 26 de março de 2009

Como ser negativamente produtivo

Dois exemplos da nata da produtividade zero na aula; desenhos feitos por mim (o Barão) e pelo Uólace (o quadrinho nonsense).


O Barão de Monte Cláudio, tinha uns 40x15cm eu acho (:



A tirinha masterpiece do Uólace.
(clica pra ver grande e inteira)



Mp3 - The Clash - London Calling

Resumo pro Volkmann - "Drive, monkey, drive!"

quinta-feira, 19 de março de 2009

3 Filmes sobre Heroína


...ou os únicos três que eu consegui lembrar sobre esse assunto, mas que eu assisti mesmo assim e que são incríveis, todos os três. E, se vale a pena ressaltar isso aqui ou se ficou implícito mesmo (“implícito, Lisa?”), digo que eu realmente tenho uma queda por contra-cultura e coisas cult em geral, mesmo sendo um iniciado no assunto. É fato que há quem goste e há quem não goste (e o “Bebê de Rosemary” que o diga), mas vá lá, escrevo na esperança de que alguém se interesse.
Certo. Vamos aos filmes e o pouco que eu tenho a dizer sobre eles:

- Diários de Adolescente (The Basketball Diaries, 1995)

Leonardo DiCaprio, Mark Wahlberg, Juliette Lewis, dirigido por Scott Kalvert. Como a maioria dos filmes congêneres a este, a trama gira em torno do protagonista, que era legalzão e não tinha muitos problemas na vida até que resolveu usar drogas e estraga tudo, sem muitos plot-twists. Comecemos com o que eu chamaria de uma pseudo-opinião sobre o filme, mas antes uma ressalva: eu vi esse filme na aula, talvez detalhes importantes tenham sido perdidos (e uma canelada grande cabível ao momento: eu não tenho certeza se era heroína que ele injetava).
Super pseudo-opinião ativada: A atuação aqui me pareceu muito boa, afinal, querendo ou não, o Leonardo DiCaprio convenceu muito e as cenas que precisavam da presença dele estão lá. As crises de abstinência, os gritos pela mãe, a deterioração do personagem, tudo muito bem representado. Sobre a trilha sonora, eu não me lembro de nada em especial, e sobre a fotografia, bom, não sou muito bom nisso (provavelmente a minha definição de “fotografia” serve só para uso próprio) mas eu diria que esse filme é normal nesse sentido. Nos momentos de podridão do protagonista, a iluminação fica mais escura e as cores ficam mais frias, mas nada que se compare ao último filme que eu vou citar.

Quanto à trama desse filme em específico (baseada em uma história real), digamos que o filme realmente vai conforme o que eu disse que ele iria, mas o especial aqui é que o protagonsista – que se chama Jim Carrol - tem 16 anos e joga basquete (o que é o principal da vida dele) e que tem uns amigos que viram drogadinhos e vão pro buraco junto com ele. Ele é poeta e escreve um diário (e dái vem o nome do filme), o que serve como uma visão alternativa do mundo das drogas que ele entra – as poesias dele passam o sentimento da situação toda e tal. Coisa fina.

Agora o que interessa mesmo: esse filme passa uma imagem negativa das drogas, mas Jim se dá bem no final; você se sente bem depois que acaba, afinal, tudo tem volta, por pior que seja. A melhor cena, em minha opinião, é aquela em que o time de basquete dele joga sob efeito de pílulas depressoras ao som de “Riders on the Storm”, do The Doors. Sensacional.
Trailer:

- Trainspotting – Sem Limites (Trainspotting, 1996)

Esse aqui talvez seja o mais leve de assistir; tem os personagens que se fodem muito, tem a questão da heroína e da deterioração das pessoas e a grande alienação que é a coisa toda, mas conta com um alívio cômico, em diversos momentos. Dos três filmes, é meu favorito.

Super pseudo-opinião ativada: Do elenco, acho que me limito a citar o Ewan McGregor (A Ilha, Star Wars 1, 2 e 3, Miss Potter) como o excelente Mark Renton (o protagonista) e o diretor é o Danny Boyle, que esse ano ganhou um Oscar por “Quem quer ser um milionário?” (leia-se: “o cara manja”). Da trilha sonora, vou dizer que ela é composta por músicas que não foram feitas para o filme, mas o jeito que elas encaixam no contexto é muito bem pensado. Iggy Pop, Lou Reed, música eletrônica da década passada e até Brian Eno entram aqui e deixam o filme mais intenso. Sobre a fotografia, acho que ela passa bem o sentimento de indiferença do personagem em relação a tudo; é só observar o tempo nublado sempre, as cores frias que aparecem mais, e a iluminação – the usual.
"better than sex, man, better than sex..."

Sobre a história do filme - esta, baseada em um livro – podemos ver dessa vez um protagonista junkie que não piora conforme o tempo; ele já é um viciado e fodido desde o começo. O filme é inglês, se passa na Escócia (o sotaque, o sotaque!) e na própria Inglaterra, mostrando a vida em função da droga, e as aventurinhas do barulho com uma galerinha eletrizante (desculpas, haha) e etc. Vale pelo final e por ser um filme divertido; não vou ficar aqui na história pra poupar os spoilers.

Agora o que interessa mesmo: inglês, mais leve de assistir, uma narração em off que eu acho o máximo, tem o final mais divertidamente sacana, e a introdução mais memorável: “Chose life. Chose a job, chose a carreer, chose a famlily...(...)but why would I want any of that?(…)Who needs reasons when you have heroin.”. Minha cena favorite talvez seja essa mesmo da introdução, mas eu ainda diria a cena do banheiro, ou da abstinência dele; fica a dica, é muito foda.

Trailer:

- Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream, 2000)

Finalmente, a menina dos olhos. Vamos por partes, então: “Réquiem”, por definição, é a música ou a missa feita para aqueles que partiram, o que faz bastante sentido pro título do filme; os quatro personagens principais têm seus sonhos “assassinados” pela droga (ou as drogas; no caso, cocaína, heroína e anfetamina) em uma trama que se desenrola com maestria.

O que eu quero dizer com isso (super pseudo-opinião, mais uma vez) é a intensidade que qualquer um sente assistindo os takes rápidos, ouvindo uma trilha sonora instrumental extremamente coesa com as cenas, e percebendo que o diretor conseguiu com a técnica fazer da estória muito mais forte e “tapa na cara” – tudo vai crescendo até um clímax impressionante: eu me segurava na poltrona, você realmente há de se sentir na pele do personagem. Vale a curiosidade aqui, um patrocínio da Wikipedia: “Na média, um filme de cem minutos possui entre seiscentos e setecentos cortes, já Requiem apresenta mais de dois mil.”

Em suma, é uma pira, um dos melhores filmes que eu já vi. O que se passa (baseado em um romance de 1978): três xófens de uns 20 anos (dois garotos e a namorada de um deles) com muitas idéias na cabeça e uma vontade óbvia e muito grande de enriquecer, que sentem o futuro ficando pra trás depois que as coisas começam a dar errado e a heroína fica no caminho deles. O quarto personagem é a mãe do protagonista (um dos garotos) que sonha em ficar magra e bonita para aparecer na TV, mas que acaba buscando em comprimidos de anfetamina uma solução rápida pra isso, ficando maluca e viciada. De novo, a deterioração dos personagens, “blá blá blá” , só que nesse último filme isso fica MUITO fantástico.

O elenco é composto por Jared Leto (conhecido também como o vocalista da banda “30 seconds to mars”) como o personagem principal “Harry Goldfarb”, Jannifer Connelly (Uma Mente Brilhante) como a namorada dele (1 indicação para Oscar de melhor atriz coadjuvante), Marlon Wayans (sim, pasmem, o negão de “Todo Mundo em Pânico”) e Ellen Burstyn (O exorcista, embora ela esteja muito mais velha nesse filme de 2000) como a mãe dele. Todas atuações incríveis também.

Agora o que interessa mesmo: esse filme é muito intenso, precisa de estômago pra assistir, mais compensa demais por ser impecável, em minha humilde opinião. Eu daria um 10. Gosto muito das últimas cenas, não sei muito o que dizer sobre isso.

Trailer:

Mp3: The Velvet Underground - “Heroin”.

Resumo pro Volkmann: Vários resumos espalhados pelo post onde ta escrito “Agora o que interessa mesmo...”. Eu disse aqui que gosto de filmes sobre drogados e eu acho “Réquiem para um Sonho” o mais foda deles, fica a dica.

quarta-feira, 18 de março de 2009

"A-há! Eu sabia!!"

Fato: teorias conspiracionistas viraram moda.

Nova ordem mundial, sociedades extremamente poderosas que controlam o curso da história, micro-chips sendo injetados através de injeções nos postos públicos de saúde, controle-mental, super soldados psíquicos americanos, negação do holocausto, terra oca, HIV não ser ligado a AIDS, extraterrestres, Area 51, Atentado de 11/09, H.A.A.R.P. provocando controle mental em massa e MUITOS outros etceteras que poderias passar horas citando aqui.
Eu realmente não sei bem o que pensar, todos conseguem ser bastante convicentes para a maioria da população: leigos em praticamente todas as áreas, assim como eu.

Eu estou muito curioso para saber o que todos pensam a respeito dessas teorias, então eu deixo aqui um link com a explicação de algumas dessas teorias:


Nova Ordem Munidal ---- http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Ordem_Mundial_(teoria_conspirat%C3%B3ria)
Terra Oca ---- http://www.umanovaera.com/terra_oca.htm
11 de Setembro (uma das 1.000 x 10²³ partes que eu achei por ai) ---- http://matt-marriott.faithweb.com/destruction/wtc_conspiracao.html
Conspiração Judaica ---- http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/07/286493.shtml
H.A.A.R.P. (o mais tenso) ---- http://minutoprofetico.blogspot.com/2008/08/aquecimento-global-ou-haarp.html
HIV não ter absolutamente nada a ver com AIDS ---- http://revelatti.blogspot.com/2008/11/aids-grande-trapaa.html


Poisé galera, não vo posta tudo que tem por ai, mas deem uma lida rapida nesses links, que a propósito são bem resumidos, e comentem com sua opinião.

Resumo pro Volkmann: Tudo te odeia, tudo te quer morto, a terra é oca, Aids não se transmite pelo sexo, tens um microchip em ti, americanos controlam a tua mente. Então pra que todo o stress com a vida? Tira a roupa e sai correndo gritando "Eu amo Mariah Carey".

sexta-feira, 13 de março de 2009

Reflexões sobre o transporte coletivo urbano

A palavra ônibus tem como origem o termo latino omnibus, que significa para todos. E realmente, por mais desagradável e chato que possa ser; pegar o ônibus, nem que seja uma ou duas vezes por semana, faz parte da rotina de uma boa parcela da população. Não estou me referindo aqui aos grandes, confortáveis e obviamente mais caros busões de viagens, mas sim aos seus semelhantes que circulam nas cidades. Entendo que subir no 32 lotado e ficar em pé um bom tempo não é a melhor coisa do mundo; mas nada se compara às viagens interurbanas, como a linha Blumenau-Indaial.


A cena é clássica: quando o ônibus faz a curva e fica visível do ponto, um grupo de 15 pessoas, mais ou menos, começa a se levantar dos bancos e a se agrupar de forma desordenada para ver quem entra primeiro na lata-velha. Se você deu azar e não conseguiu chegar à frente da turba ou se não distribuiu um número elevado de cotoveladas e empurrões para ser o primeiro a embarcar, perdeu boy. Sua chance de conseguir um assento está reduzida a praticamente zero. Mas se você é do tipo que costuma acertar o milhar do jogo do bicho ou ganhar na Mega-Sena, talvez você ainda consiga sentar, nem que seja num lugar não tão bom. Entenda por isso aquele vaga ao lado de uma mãe desnaturada, que conseguiu agrupar sua prole de 3 filhos num banco só (um no colo, um no meio, e um espremido entre o banco da frente e a janela); ou perto daquele cara que dormiu e está com o corpo inclinado para o lado, praticamente ocupando metade do assento adjacente.

Agora, se você faz parte dos outros 99% da população, provavelmente você vai ter que :

1- Ficar em pé 80 minutos ininterruptamente.

2- Segurar na barra até ficar com calos na mão.

3- Agüentar a suvaca master do cara ao seu lado.

4- Escutar o cobrador gritar umas 5 vezes : “Todo mundo para trás que vai entrar mais gente!”

5- Agüentar algum FDP aleatório que queira falar com você, pois ele não consegue ficar sem fazer nada e se sente impelido a criar pseudo-amizades com prazo de validade de 30 minutos.

6- Escutar à Guararema ou à Menina FM por MUITO tempo.

7- Realizar movimentos dignos de um contorcionista romeno toda vez que alguém precisar sair.

Além disso, mesmo se você estiver sentado ou em pé, vai ser obrigado a escutar, presenciar ou até mesmo fazer coisas, no mínimo, ilógicas.


Comecemos pelo cobrador, que na verdade se chama trocador. Subentende-se que sua função seja dar o troco. Mas às vezes nem isso ele faz direito. Quem nunca escutou: “ Aí fera, tô sem troco, vou ficar te devendo 5 centavos.” O problema não são os 5 centavos, que teoricamente não irão fazer falta pra ninguém; mas sim a cara-de-pau de muitos cobradores que têm o troco, mas fingem que não o possuem para ganhar vantagem. Nessas horas é que o passageiro devia pedir: “Pô truta, não rola de tu fazer um vale 5 centavos e botar o carimbo da firma, daí na próxima vez eu apresento o vale e tu me desconta esse dinheiro ?” Óbvio que ninguém pede isso, mas faz sentido e iria encher o saco de um monte de FDP‘s. Isso sem falar nas vezes que eles dão o troco errado e nem avisam, pensando que você não vai se ligar que eles embolsaram um pouco a mais.


Outro ponto: quem nunca foi obrigado a conversar com um cara qualquer no ônibus? Geralmente esses são indivíduos altamente agoniados que não conseguem ficar de boa e olhar para frente. Ou pessoas que querem converter você para a religião deles. Aliás, por que praticar o proselitismo no ônibus? Não faz sentido. Afinal, você só quer chegar logo em casa, e não está nem aí se o Tinhoso está te desviando do caminho de Deus, ou se o fim do mundo está próximo.


Falando nisso, odeio quando esses caras aleatórios começam a conversar de uma forma primitiva -falando alto e obrigando as pessoas que os circundam a ouvir sua conversa. Tenho que confessar que já escutei coisas absurdas nessas ocasiões. Uma vez, por exemplo, uma lésbica contou suas aventuras sexuais a uma amiga,e por conseguinte, ao ônibus todo, já que falava num volume elevado. Outra situação parecida foi quando uma mulher esculachou,um por um, os moradores de sua rua. O vizinho era corno, o cara da oficina era boçal e se achava perante os outros porque tinha o ensino médio, e por aí vai. As besteiras histórico-cultural-geográficas também não ficam atrás: a Turquia faz fronteira com Itália, na Alemanha as mulheres que usam bolsa são putas, a Jamaica fica na África ... Já escutei diversas pérolas assim.


E o que dizer do estado dos ônibus? Alguns são dos anos 80 ainda, com o estofamento furado,janela emperrada ,etc. Isso sem mencionar o incrível número de chicletes colados em todos os lugares possíveis. Um deles, da época da Guerra Fria, pode até querer grudar no seu braço se você encostar no parapeito.

5 passos para trás aí pessoal !



Todos esses motivos fazem com que eu não goste de pegar ônibus, especialmente a linha Blumenau-Indaial. Mas posso dizer que as minhas histórias bizarras com eles começaram muito antes, mais precisamente quando eu tinha 6 anos. Eu estava no Bondindinho com a minha tia e vi um cara enorme, de quase 2 metros,com a camisa rasgada parecendo um mendigo; cantar a música Xô Satanás ,do Asa de Águia. Para quem não conhece a música, aqui vai o refrão:

Eu era um bêbado que vivia drogado
Hoje estou curado, encontrei Jesus
Encontrei Jesus, encontrei Jesus
Na casa do Senhor não existe Satanás
Xô Satanás, xô Satanás
Na casa do Senhor não existe Satanás
Xô Satanás, xô Satanás



Na época eu não sabia o que era axé muito menos o que era o Asa de Águia(hoje preferiria não saber também), mas percebi que aquele tipo de lugar, apertado e socado,era um reduto de freaks e que qualquer coisa podia acontecer ali. Mais tarde, lá pelos 12, estava vindo tranquilo de Blumenau para Indaial quando, de repente, o ônibus parou. Aí o motorista saiu de seu compartimento e disse algo mais ou menos assim:: “Galera, todo mundo pra fora porque ocorreu um vazamento de óleo e o motor do ônibus pode explodir.” Logo após a evacuação, ainda presenciamos um acidente entre uma moto e um carro que aconteceu na rua à nossa frente; e tivemos que esperar um monte até sermos recolhidos por circulares.



Por isso, até hoje minha visão sobre esses ônibus urbanos não mudou muito. Eu sei que eles ajudam a reduzir a emissão de CO2 e tudo mais; porém ainda acredito que existam formas melhores de transportar um monte de gente sem que isso se transforme numa sessão de tortura da Inquisição Espanhola.



Resumo para o Volkmann: Falei sobre um monte de coisas, mas tu podes encontrar o resumo mesmo aqui : http://www.youtube.com/watch?v=oHg5SJYRHA0



Resumo do resumo para o Volkmann: d’llor’kcir neeb ev’uoY


terça-feira, 10 de março de 2009

Tecle 0 para explodir seu telefone.


Namaste! Aqui mais um pseudo-opinador, Naresh Mohandas, estreando suas escritas também. Afinal, não há nada melhor do que falar sobre fatos e temas aleatórios. Devidas apresentações feitas, comecemos.

Creio que o que irei falar se torna apenas mais um em um milhão, e é tanto
assim que já se fez lei para melhorar e continua o mesmo lixo. Apresento-lhes, o tão famigerado: Call Center, o Atendimento via Telefone.

"Desculpe senhor(a), estaremos agendando uma visita para estarmos resolvendo seu problema."



Quem nunca ligou para sua empresa de celular, telefone, TV a cabo, Internet, etc e se deparou com os milhares de "tecla x", "estaremos transferindo sua ligação...", o gerundismo desenfreado e as quedas de suas ligações no meio do atendimento? Pois é, mesmo assim, mesmo sabendo que apenas depois de 1h, com a orelha quente, depois de apertar 26 números, após ter anotado 10 números de protocolo de 20 dígitos cada, de ter a esperança que alguém vai fazer jus a sua paciência e resolver seu problema... ele não será resolvido. E o pior, você não pode nem apelar pra raiva, alterar seu tom de voz e ameaçar o atendente, a mãe, o pai e as outras 5 gerações dele, pois sua ligação irá cair, e você terá que ligar de novo, e tudo vai se repetir.

E se finalmente alcançar o objetivo da ligação e resolverem seu problema (leia-se: em algumas semanas o problema voltará e será pior, fato) ouvir: "Deseja mais alguma coisa senhor(a)? Tenha uma ótima tarde e obrigado por sua atenção." Obrigado pela minha atenção? Pelas horas a fio num telefone pra resolver um mísero problema? Não, não desejo mais nada.

Mas eu não quero simplesmente desprezar o trabalho que eles devem ter, porque afinal, alguém tem que exercer este infame emprego, não? Imagine, um livro contando os absurdos, com as histórias, com as lendas urbanas e obscuras dos call centers. Citando:
  • Com certeza algum perdido ser já deve ter tentado fazer amizade com o atendente.
  • E com certeza, algum atendente já deve ter dado corda para o cliente. ("Mas então, você poderia me passar seu e-mail e quem sabe nos encontrar para falar sobre meu celular...")
  • Quantas pessoas já devem ter processado seus empregadores por danos morais? Não deve ser fácil ouvir após educado: "Deseja mais alguma coisa senhor(a)?" ouvir um audível: "Que você vá tomar no **!"
  • E claro, os famosos trotes: "Vocês trabalham com roupa? Não? Então vocês trabalham pelados?"
E apenas mais um detalhe, que me lembrei agora e realmente preciso citar, alguém já prestou atenção no novo atendimento da Net? Pois então, não é mais aquela mulher falando de modo impessoal e formal, e sim um supimpa atendente que tenta fazer parecer que seu atendimento será rápido, fácil e satisfatório, apenas para te poupar de toda a tensão antes de ligar e saber que tão cedo não saíras do telefone. Mas então, acho que o mais engraçado é quando você tecla x e ele diz: "Ok, então você não sabe seu problema, mas não se preocupe, irei transferir sua ligação para um setor que possa lhe ajudar! Obrigado!". O que não fazem para agradar o cliente, huh?

Portanto, só resta ligar, afinal, você por si próprio não irá resolver o problema, e muito menos sobreviverá sem sua TV a cabo para não ter que ver "Lago Azul", suas noites sem Internet não podendo ler este blog... Mas uma dica, se quer acelerar as coisas, e isso sim funciona e, pasmem, não tem atendimento via telefone (!), digam que vão ligar para o Procom e delatar a empresa! Funciona, eu juro. Hare papa!

Resumo pro Volkmann: Tecle #1 para ouvir o seu resumo, tecle #2 para alguém ler para você, tecle #3 para uma réplica, tecle #4 para uma tréplica, tecle #5 para códigos de Yu Gi Oh!, tecle 6# para repetir este menu.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A santa burrice.

E aí pessoal! Meu nome é Uólace Monaco, e assim como todos os autores deste blog não tenho o que fazer ou dizer, portanto, minha pseudo-opnião sobre qualquer assunto está aberta ao público. Por "Pseudo-opinião" entendam como uma opinião meio radicalista, escrita sem muito "penso" e sem qualquer estudo aprofundado; é apenas o que está em minha cabeça agora.


Ja começo minhas postagens com um tema que vem ganhando força atualmente: a Igreja católica.


É um tema meio complicado de discorrer, ja que boa parte das pessoas que me rodeiam são adeptos da filosofia católica (mesmo que todos sejam relaxados e não sigam 100% do que se manda nas escrituras), e é claro ao criticar algum pensamento, você acaba mexendo com essas pessoas.


Pois bem, comecemos com um caso recente: A excomunhão dos médicos que realizaram um aborto de gêmeos em uma menina de 9 anos, que havia sido estuprada por seu padrasto em Pernambuco.

Desculpem a expressão.. mas.. PORRA! A igreja perdeu completamente o bom senso? Os médicos que realizaram o aborto praticamente salvaram a menina, ja que um parto de gêmeos é um procedimento arriscado até em mulheres maduras e em plena forma física. E tudo o que o Vaticano fala é que "Os gêmeos tinham o direito de viver". Falando como se a gravidez gemular fosse algo simples, em que ambos os gêmeos e a menina tinham 100% de chance de sobreviver.

E outra, porque eles se preocuparam em excomungar os médicos que legalmente realizaram o aborto, e não estão nem ai pro estuprador? Será que ao ver deles o estuprador é inocente, assim como os gêmeos? O Vaticano afirma que "o crime realizado pelo estuprador, é muito menos nocivo do que o crime realizado pelos médicos, que mataram os gêmeos". Ta bom.. como se ser estuprada aos 9 anos e ficar gravida de gêmeos de um demente fosse continuar viva; a menina levará anos para se recuperar do trauma e entender o que aconteceu, se é que algum dia ela irá.


Hipocrisia é uma coisa engraçada, ela existe e é obvia até em instituições como o Vaticano. Eles falam "A Igreja sempre defendeu a vida e tem que seguir fazendo isso sem se adaptar às correntes da época ou à oportunidade política". Pra quem entende de história, ou até mesmo atualidades, isso ai é uma piada melhor do que a dos tomates que atravessaram a rua. Falem isso aos 9 milhões de bruxos queimados pela inquisição, ou aos estimados 40.000 mil mortos em nome de Deus nas cruzadas, ou a todas as crianças molestadas por padres em todos o mundo.

Esse tipo de comportamento imbecil, hipócrita, e idiota do Vaticano, tem se tornado pretexto para a perda em massa de fiéis católicos. Como aquela vez que o Papa Bento XVI afirmou que os homossexuais eram tão ruins para o mundo quanto a peste negra foi na idade média; ou o discurso em que Bento XVI critica a fé islamica, atiçando grupos como a Al-Qaeda; ou ATÉ mesmo quando ele disse que o furação Katrina foi um desastre feito por deus, para os moradores de Nova Orleans pagarem seus pecados(o que é uma puta lorota, afinal, se Deus pode matar fiéis pecaminosos, mais não pode alimentar crianças inocentes na africa, ou proteger meninas de 9 anos contra padrastos de Pênis pequenos, porque chama-lo de Deus do amor?).

E com toda essa perda de fiéis, o Vaticano começa a ficar cada vez mais nervoso e radical, tentando arrastar fiéis de volta através do medo, da excomunhão de médicos, e de profecias como o Arrebatamento.


O Vaticano, ao longo dos anos, mostrou-se uma entidade hipócrita, radical, intolerante, e burra; portanto, se você REALMENTE acredita em um Deus do amor, que irá salvar-lhe a alma do Demônio, ou algo assim: fique o mais longe possivel das igrejas, pois é onde o "Diabo" reside.


Resumo pro Volkmann: Sexo é algo bom, não se deixe enganar!
Resumo do resumo pro Volkmann: Sexo, bom, yeh!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Abaixo ao mainstream!

Olá a todos, sou Sebastião Menezes, novo colaborador deste blog; de vez em quando, palpiteiro sobre algumas coisas que acontecem ao nosso redor.


Esses dias, tomei uma decisão prosaica, sem muita importância, mas que tem um significado simbólico. Parei de assistir ao Big Brother, e com isso, me distanciei quase totalmente da maior fornecedora de cultura do país: a Rede Globo. Antes de mais nada, gostaria de dizer que não faço do grupo dos PIMBA (Pseudo-Intelectuais Metidos à Besta e Associados) e que também não sou um elitista cultural.


Não há nada como um programa kitsch para desviar nossa atenção dos problemas do dia-a-dia e das questões existenciais. Aliás, tirando o “Eu Vi na TV”, aquele programa que tinha o “Teste de Fidelidade”, e o “Programa do Ratinho”, com as “Olimpíadas Populares” (onde uma vez um cara jogou um tijolo para cima e pegou no dente), acho que nada na televisão conseguia me fazer rir desse jeito. Eu via o Big Brother para relaxar e dar umas risadas; as brigas fúteis, as ameaças ridículas e as atitudes sem noção de alguns me eram divertido. Enquanto alguns participantes do reality show são bizarros à sua própria maneira, outros criam um personagem, tentando emular características dos ganhadores prévios.


Pensando bem, emular (de qualquer jeito) não é uma prática nova na televisão brasileira, muito menos exclusiva ao programa. O próprio programa em questão foi criado para fazer frente à “Casa dos Artistas”, que copiou a Endemol, emissora autora do primeiro Big Brother na Europa, e esta, vendeu à Globo o direito de criar um semelhante nacional. Entendeu? O padrão é: copiar dos outros. Tanto faz se for da rede concorrente, da Argentina, do Inri Cristo; enfim , o negócio é plagiar. Já dizia o Chacrinha: na televisão, nada se cria , tudo se copia.


Falando nisso, e aqui entramos definitivamente no assunto do post: não só a TV, mas a cultura de massa nos últimos anos tem sido extremamente formulaica e repetitiva. Estou falando da cultura popular em geral, mas mais especificamente da música e da televisão. Não acredito naquela velha estória propagada por roqueiros antiquados de que hoje não se faz música boa; só acho que muita coisa de qualidade que está sendo feita por aí não recebe a devida atenção.


Claro, muitas vezes que é bom vem à tona, mas com outra roupagem; algo mais comercial e parecida com o que está em alta. E, na minha opinião, o que está em alta hoje chegou ao ponto de saturação. Cara, não agüento mais ligar a rádio e escutar: “Womanizer , Womanizer , Womanizer” trocentas vezes. Porra, ninguém que escuta rádio é surdo ou retardado - se o cara é mulherengo não precisa repetir isso durante a música toda. Outro exemplo clássico é aquela música que repete a palavra “Low” umas cem vezes, ou a pior de todas, do Chris Brown: “Kiss, Kiss”. Essa é tortura chinesa. E isso pra não mencionar a tendência do rock do mês, que boa ou não, você vai acabar ouvindo ad nauseum. Aqui alguns podem argumentar contra, dizendo que, quando uma tendência está em alta (tendência musical, literária ou o que quer que seja), alguns subprodutos seus de baixa qualidade (nesse caso, algumas dessas músicas que acabei de citar) acabam sendo um sucesso. Concordo , mas o que me espanta é o número desses subprodutos , inclusive cópias de músicas que são cópias, que acabam chegando ao topo das paradas. Talvez a primeira vez que isso aconteceu que eu consigo pensar foi quando o Grupo Polegar copiou o Grupo Dominó, que por sua vez, copiou o Menudo.


Qualquer semelhança não passa de mera coincidência.
OBS : Reparem como um babaca na foto do Dominó foi arbitrariamente cortado em favor de um pano e outros 3 babacas.


Na televisão é a mesma coisa. Recentemente, o Luciano Huck acusou o Gugu de plágio. Segundo ele, o Domingo Legal estava copiando a maioria dos quadros do Caldeirão. Veja bem, a rixa é antiga; anos atrás, o apresentador do SBT disse que Huck estava tentando plagiar a infame “Banheira do Gugu”. Sim, aquela mesma, onde celebridades tinham que pegar sabonetes e uma modelo gostosa tentava impedi-las. Outra rixa entre eles é o “Lar Doce Lar”, quadro do Domingo Legal que é cópia de um quadro do Huck que é uma cópia do “Extreme Makeover Home Edition”. Falando nisso, odeio quando os brasileiros tentam nacionalizar os programas americanos. “O Lata-Velha” é o melhor exemplo. Para quem não sabe, esse quadro do Caldeirão do Huck é uma versão favelada e terceiro-mundista do programa “Pimp My Ride”. Além de não ter o Xzibit (“Yo Dawg”), o quadro tem pouca duração e, sinceramente, não achei que os carros ficaram tão bons. A única vantagem do programa em relação ao original são as próprias latas-velhas. Não tem preço ver aquelas Belinas , Fiats 147 e derivados quase caindo aos pedaços.


Enquanto a programação das emissoras está forrada com atrações como as que eu citei acima, estão na TV à cabo - ou em péssimos horários de transmissão - programas engraçados (como Cilada) inteligentes (Manhattan Connection) ou simplesmente legais (Altas Horas). Para quem não sabe, a Globo até transmite Family Guy (vulgo uma Família da pesada), mas somente aos sábados de madrugada.


E isso é só a ponta do iceberg. Ao passo que programas, músicas, livros e muitas outras coisas de qualidade ficam no semi-anonimato, a Globo transmite o Faustão e a “Dança dos Famosos edição MDCLXX” ou a “Dança no Gelo” com anões indianos. É de dar raiva. Por isso, defendo uma televisão aberta melhor: let’s fight the power - nem que seja só deixando ela desligada depois do Jornal Nacional. Ou veremos grande parte do país continuando como naquela música dos Titãs: “A televisão me deixou burro, muito burro demais \ Agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais”...


Glossário


Chacrinha: Comunicador de grande sucesso entre os anos 50 e 80. Apresentou programas de rádio e auditório de grande sucesso, como o Cassino do Chacrinha.


Menudo: Praga musical oitentista e boy band, conhecida também por revelar o Ricky Martin. A maioria de seus integrantes chamava-se Roy, Rocky, Robby ou qualquer bizarrice iniciada por R.


Dominó: Cópia da banda supracitada.


Grupo Polegar: Cópia da banda supracitada.


Resumo pro Volkmann: Resumo de cu é rola. Vão ler o post, vagabundos.