quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cotonete Alternativo

Ultimamente eu tenho tido esse receio de que tem muita coisa no meio das minhas músicas favoritas e (por que não?) filmes favoritos que só eu gosto. Tudo bem que "Monty Python e o Sentido da Vida" não é um filme do Adam Sandler - muito embora seja do grupo que tem aí ecleticamente alguns muitos admiradores - mas a falta de alguém pra conversar sobre esse tipo de coisa às vezes é desesperador.

Provavelmente antes do meu propósito princ
ipal desse post, diria que o assunto merece uma dissertação, aliás. Comecemos com definições. Segundo a "Associação Brasileira de Produtores de Discos", a.k.a. ABPD, entre os CDs e DVDs mais vendidos no Brasil em 2008 temos o Padre Marcelo Rossi, Ivete Sangalo, Padre Fábio de Mello, Victor e Léo e Ana Carolina. Uma breve interpretação desse dado me levaria a crer que é muito difícil de ter algo diferente com muitos ouvintes por aqui, e o mainstream está separado para católicos, crentes e o pessoal que ouve a mesma coisa de sempre.

"Now Playing: Tulio Dek e Dhi Fer... espera, o quê?"

Ora, até aí tudo bem, agora a questão da internet e outros conceitos antes de uma conclusão (eu vou chegar lá, prometo). Sabe-se que a internet permite uma expressão gigantesca de qualquer coisa artística ou não de qualquer um com acesso a um computador - tome como exemplo esse blog que você (espero eu) está lendo ou os milhões de vídeos no youtube. Por isso, as bandas que costumavam ficar só na garagem há 20 anos agora têm a chance de aparecer pros muitos desocupados que passeiam pela rede mundial de computadores.

E agora, finalmente, eu estou chegando no meu ponto: muitas bandas, muita coisa pra ouvir. Cada um se encontra no seu gosto, acha sua banda favorita, e fica presa a isso. E temos aí um grande egocentrismo (inconsciente e inocente, diga-se de passagem): as pessoas ouvem por aí seus mp3 players e ninguém mais tem muito em comum nesse sentido.

Porque aqui tem algo interessante a ser visto, que é a união que a música, em tese, promovia nas pessoas. Antigamente, na falta de outro caminho, quem gostava de músicas geralmente gostava das mesmas músicas. As pessoas que ouviam trilhas de novela, MPB, rock (ou qualquer estilo com suas variantes) ouviam as poucas bandas/artistas disponíveis; não tinha um mundo online para ser visto e isso, acredito eu, deixava tudo mais uniforme.

E a conclusão? Bom, sou a favor da expressão músical de qualquer forma e sou a favor da internet, então, melhor as coisas como estão. Só é uma pena que nem meus amigos sabem de que bandas eu estou falando. De qualquer forma, vou deixar umas coisas recentes aí que eu descobri na esperança de que alguém leia e se interesse. E sei lá, não espere o TVZ pra ver o que é novo e legal e procurem algo aí que realmente tenha a sua cara. Com sorte é a mesma coisa que eu gosto.

Brighten - "Carolina"


Bomb the Music Industry - "Future 86"



Kevin Devine - "Brooklyn Boy"

(Essa aqui, aliás, uma feliz descoberta)


The Wombats - "Lost in the Post"

(Minha mais nova banda favorita)


Radiotape - "Olhe pra Frente"

(Nacional, o álbum todo é coisa fina. Eles abriram pro Keane ano passado, talvez valha dizer.)


mp3: Kevin Devine - "Brooklyn Boy"

Resumo pro Volkmann: Eu acho que as pessoas ficam "musicalmente egocêntricas" assim, mas sempre procure na internet coisas legais pra ouvir que tenham a sua cara. Menos Nu Metal. Sério.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quando o tédio bate à sua porta.

Olá pessoal :)
Como não tenho nada pra fazer, vou dar uma "4chanizada" no blog, com alguns quadrinho "rage" que eu fiz nas horas de tédio.
Para quem ja jogou na maquininha e tem
certeza de que tem treta no gancho


!emaG ehT


Para quem ja viu "O Presságio" :)



E um para os noobs no Guitar Hero/Rock Band que, como eu, gostam
de jogar no expert, mesmo sendo noob


Considerações pseudo-filosóficas

Olá a todos. Depois de um mês sabático, estou de volta. Nesse meio tempo, foram veiculados nesse blog alguns posts mais sérios, os quais foram de meu agrado. Por isso, resolvi dar a minha(pequena) contribuição ao nosso rol de artigos pseudo-intelectais, e além disso incitar quem vier a ler isso a pensar um pouco sobre o assunto.


Então ...Você já se imaginou em outra cidade? Já passou pela sua cabeça como você seria andando com os caras do outro lado da sala? Ou então, como seria sua vida na Somália? Talvez você fosse mais descolado se morasse em outra cidade, teria atitudes diferentes se andasse com outras pessoas, e viraria pirata se morasse na Somália.No entanto, uma coisa é certa: igual você não seria. Por isso, e por outros motivos, que serão analisados a posteriori , eu acredito que nossas vidas são regidas pelas circunstâncias.


Antes de mais nada, um pouco de metalinguagem. Circunstância: 1-Particularidade que acompanha um fato; 2-Acidente que atenua ou agrava;,3- conjuntura,momento,ocasião. Dito isso, vamos às considerações propriamente ditas. Não acredito no determinismo puro e simples, mas sim nas circunstâncias. Elas influenciarão seus atos, seu estilo de vida, sua condição, seus limites; praticamente tudo à sua volta. Mas não serão nada se não vierem acompanhadas por uma ação. Essa, por sua vez, será um eco de suas circunstâncias. Por exemplo: suponhamos que um homem das cavernas inventasse os três poderes no Paleolítico e propusesse a mudança do sistema político vigente na sua tribo. Ele provavelmente seria desacredito e sofreria represálias da mesma. Por outro lado, se um filósofo iluminista expusesse a mesma idéia para seu grupo de amigos no século XVIII, a história seria outra. O conceito ‘louco’ do nosso amigo primitivo seria
considerado um marco na história humana, e posteriormente serviria de base para muitos governos.


Olhe para você. Seus gostos, sua personalidade, suas opiniões foram fortemente influenciadas pelas circunstâncias de onde você cresceu, das suas experiências próprias e do tempo em que vivemos. Aliás, a palavra zeigeist, que quer dizer espírito do tempo, denota justamente o ambiente, o contexto da época.


Mas como eu tinha afirmado alguns parágrafos antes, não acredito no determinismo puro. Afinal, você tem liberdade de ação, e elas também ajudam a definir o momento em que você vive. Ou seja, você pode mudar as circunstâncias. Além disso, há fatores que não levamos em consideração, como a genética, que exerce uma influência enorme em nossas vidas, e a margem de erro inerente à tudo na vida.

Você, nascendo na Somália



Por isso, não se esqueça que suas ações acarretam muitas conseqüências, que ajudarão a moldar a sua situação atual e, em maior ou menor nível, a das pessoas ligadas á você. E , além disso, lembre-se que, se você quiser mudar o status quo, a mudança inicial deve partir de você.


Mp3: David Bowie – Life on Mars



Resumo para o Volkmann: Por que não vivo na União Soviética? Afinal, lá o texto resumiria VOCÊ , e eu não precisaria estar escrevendo isso.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Como ser negativamente produtivo [2]

No ápice da minha "pseudo-vontade-de-dizer-pseudo", eis aqui mais umas coisas mais inúteis que o normal, como a minha pseudo-habilidade em desenhar e compor músicas. Ai que alegria.


Sim, um cara de fraque andando de monociclo. Sei lá.


E como não podia deixar de ser, alguma coisa do 4chan, que eu aliás não postei lá.
(You just lost the game, btw)



mp3 - The Beatles - "Octopus' Garden"

Resumo pro Volkmann: desenhos feitos na aula, whatever (:

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Doe sangue, jogue rugby

Primeiro post meu aqui, Tcheco Borghetty se apresentando para o blog, mais um desses malucos que postam aqui por falta do que fazer. Começarei minha carreira no Freakablog falando sobre um esporte para lenhadores siberianos e/ou semelhantes: o RUGBY! Tentarei passar o básico desse esporte que conhecei a treinar há pouco e é pouco conhecido aqui no nosso país, mas que nossos vizinhos hermanos adotaram já há algum tempo.


Comecei a treinar tal esporte brutal a mais ou menos dois meses incentivado por meu irmão. Fui inicialmente aos treinos com receio, pela fama ser violento, e acabei de apaixonando por esse jogo. Para quem não conhece o esporte, logo o associa com o futebol americano, por ser jogado com as mãos e pelo formato da bola, mas ao mesmo tempo em que é parecido, é completamente diferente.

Como no futebol americano, o objetivo é levar a bola para o In Goal do adversário, e quando isso acontece, é marcado o try que vale cinco pontos e o time tem chance de um chute de conversão de dois pontos. 

A principal diferença para o esporte americano é que o jogo é contínuo; o relógio só para quando algum jogador precisa de cuidados médicos.

O passe no rugby só pode ser feito para trás, um passe com a mão para frente é falta e bola do adversário, o chute para frente é permitido. O jogador só pode receber um tackle/contato forte se estiver com a bola, senão é uma infração também.

Uma equipe de rugby é composta por 15 jogadores, existem também as "modalidades" ten a side e seven a side, com obviamente 10 e 7 jogadores respectivamente, nas 3 modalidades o tamanho do campo é o mesmo, praticamente do tamanho de um campo de futebol.

Durante o jogo vemos varias formações/jogadas; explicarei rapidamente as mais comuns:

O TACKLE: basicamente quando um jogador avança contra o time adversário e para ser parado, o jogador do outro time tem que o agarrar pelas pernas com batendo com o ombro na coxa do na intenção de jogá-lo no chão ou de impedir seu avanço.




O RUCK: Formado depois que o jogador é tacleado e solta a bola, seu time faz a formação em cima da bola e impede que o time adversário passe e a pegue.

(Enquanto a bola esta no ruck, o time adversário não pode passar da linha da bola, apenas se a formação empurrar os jogadores pra trás o suficiente).


 

O MAUL: O mesmo que o ruck, mas o jogador tacleado não cai no chão, mas fica de pé, assim o seu time empurra o jogador enquanto o adversário segura do outro lado.

 

 LATERAL: Quando sai pela lateral,  a reposição é feita com os 2 grupos de jogadores, um de cada time alinhados frente a frente , o jogador da equipe adversaria do ultimo jogador que tocou na bola antes de sair joga a bola  no meio dessas linhas de jogadores, que vao erguer um de seus companheiros  para pegar a bola



No Brasil, o esporte ainda é fraco, e apesar de o time feminino ter se classificado para o mundial, o masculino ainda parece distante dessa realidade. Mesmo com essa obscuridade, achei aqui em Blumenau um grupo de jogadores amantes desse esporte, que é o que me juntei recentemente.

O Blumenau rugby (http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=43549854 ) treina no Parque Ramiro Ruediger, as terças e quintas 20:00 horas e sábados as 16:00 horas; o treino é aberto para quem quiser conhecer, treinar, apanhar um pouco e claro, ajudar a fazer crescer esse esporte no nosso estado e país.

Treinando há algum tempo digo que não existe sensação melhor de dar um tackle em um cara 50 quilos mais pesado que você, ou entortar a coluna daquele adversário que está louco pra te jogar no chão, e até mesmo ser levantado por aquele gigante e jogado no chão comendo terra; é tudo muito empolgante.

Devo dizer também que algo marcante nesse esporte é o famoso ‘terceiro tempo’. As duas equipes que estiveram jogando ou treinando, depois do treino se reúnem para tomar uma cerveja, fazer um churrasco e ao mesmo tempo, falar sobre o que aconteceu, rir um pouco, confraternizar; enfim, algo muito marcante aqui é a união entre os jogadores, forte como em poucas outras modalidades.

Apesar de o nosso país ainda ser amador no esporte que é o segundo de equipe mais jogado do mundo (atrás apenas do futebol), a seleção símbolo do rugby sem dúvida é a da Nova Zelândia, com seus famosos All Blacks, que antes de cada jogo realizam a famosa dança maori chamada HAKA. 


Além dos neozelandeses, um dos jogadores símbolos do rugby que se enquadra na definição do começo do texto de "lenhador siberiano" é o francês Chabal, conhecido não pela sua habilidade ou velocidade, mas seu nível de "ogridade". Talvez uma foto defina melhor que qualquer palavra:
 

Essa foi uma descrição básica do rugby por um novato, talvez tenha ficado meio didático demais, mas tentei passar um pouco do desse esporte tão carismático para quem quer o conhecer de verdade. Um abraço e até próximo post.

Resumo pro Volkmann: o texto fala sobre nazistas, segunda guerra e cerveja: leia tudo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Antologia Poética de um poema só

O balão voa, ecoa,
entoa sua poesia aérea;

dança, balança,

descansa em sua existência etérea.

Voa pra mim, balão;
Esquece teu fim, balão.
A vida é curta demais
pra se preocupar com espinhais.

- 26/03/09

mp3: The Dave Brubeck Quartet - "Take Five"
The Wombats - "Lost in the Post"

Resumo pro Volkmann: Olha, sei lá se é pra levar a sério ou não, mas eu escrevi um poeminha em um momento de pseudo-inspiração em alguma aula (Geografia, provavelmente) que eu tava viajando. É sobre um balão.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A vida é boa (em termos relativos) - ou - Reflexões sobre a morte

Não que isso seja da sua conta ou que você se importe, mas eu estou convivendo (a uma certa distância) com uma pessoa nas últimas e percebendo a morte vindo outra vez. Só pra me dar a deixa pra escrever o texto, digamos que é alguém próximo a mim, que tem um parente próximo que já viu a luz umas três vezes, e vá lá, é algo que faz pensar.


O texto não é sobre aquelas “near-death experiences” que alguns vivem, ou sobre perder parentes, mas mesmo assim aqui vai algo que te interessa: você vai morrer, e vai passar uma boa parte da vida pensando isso. Aproveite que você não está fazendo nada mesmo e pense nisso de novo (depois de ler o que eu tenho a dizer).


Então. Eu acho que nunca tive medo de ir dessa pra uma melhor; nunca tive medo de abandonar um plano material, de conviver com a eternidade em algum lugar que eu não gostaria de estar, acabar em um nada profundo e infindável, ou reviver em outro corpo, conforme a música de alguma religião.


Porque - veja só - afinal, vamos todos morrer, cada dia é mais um dia próximo do túmulo (créditos a Roger Waters) e não tem nada que eu não tenho tanta certeza como essas frases – isso não me assusta. Pode ser momentâneo, doloroso e horrível ou durante meu sono; daqui a 5 minutos ou daqui a 90 anos, quem sabe.


Muitos trocadilhos foram pensados, mas nenhum foi o suficiente pra te fazer... morrer de rir? >.<



Mas eu tenho um medo, e esse é o medo de me arrepender; eu sou obrigado a dizer (e ser um pouco clichê), é fato. Me assusta achar que um dia eu vou perceber que eu não disse o que tinha que ter dito, perceber que eu não fiz algo que deveria ter feito – por uma simples comodidade – e me falta ar em pensar que não compensei meus erros com alguns acertos que passaram.


Uns flashbacks vindo e Benjamim Button te diria que “a vida é definida pela nossas oportunidades, as que perdemos e as que aproveitamos”, realmente, e não dá pra dizer quantos acertos vão ser suficientes para sobrepor as oportunidades que passaram (ou passarão) por mim. Pois é, e eu aqui na frente do computador. Claro, vão me dizer que ninguém vai adiante lamentando algo que ainda nem aconteceu, mas mesmo uma pessoa que passa o dia inteiro fazendo o possível e o impossível há de concordar comigo que o conformismo nesse aspecto é vital, uma vez que não dá pra prever as conseqüências de cada momento, saber exatamente o que fazer.


Agora, convenhamos: a vontade de ter a resposta ainda está lá, não importa em que consenso eu vou chegar comigo mesmo. Ainda tenho a dúvida e espero pra ver quem vai nos responder: em que ponto da nossa existência será o ápice? Por onde procurar a solução (e mesmo qual exatamente é o problema)? Alguma igreja, alguma droga, uma profissão, um ideal, uma meia-verdade ou uma vida inteira sem se importar?


Nos meus humildes 16 anos, eu penso que não tenho a menor idéia e você também não. Pense nisso, mas só pra ver que é bom estar vivo (uma rápida comparação e você percebe os prós). De qualquer forma, se alguém me perguntar, fui ver as nuvens passando, lembrar da alvorada e esperar o crepúsculo. Assim que der, eu volto a pensar o que eu quero ser “quando crescer” e me voltar à rotina, ouvindo minhas músicas e constatando que talvez seja melhor parar de pensar tanto sobre isso; talvez eu acabe louco. Como eu estou pra citações, vai uma célebre, de Marta Suplicy: “Relaxa e goza (...)” :)


Mp3: Matt White – “Love”

Mp3: The Cure – “Inbetween Days”


Resumo pro Volkmann: Todos vamos morrer, menos o Geraldo. Reflita e viva, faça o que você gosta, porque na vida tudo passsa, não importa o que tu faç... Tá, parei.