segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Magia do Circo do Sol

Tudo começa antes mesmo do inicio. Atores e palhaços, indistinguíveis uns dos outros, passeiam entre os assentos da grande tenda divertindo os espectadores. Roubam a pipoca de uns para dar às crianças que estão sem o salgado. Depois, um dos atores pega um balde de pipoca de uma senhora, finge que vai provar uma, e então o palhaço num gesto grotesco bate na pipoca e tudo voa pro ar. Aí estou eu a pensar: “e a pipoca que essas pessoas comparam?” na mesma hora, uma moça da organização do espetáculo se aproxima do casal e fala algo no ouvido do homem que imaginei como sendo “uma pipoca nova está a caminho senhor”.


O sincronismo entre organização e circo é perfeito, coisa de “primeiro mundo” como diria meu avô. E como estamos em um mundo capitalista, não poderia faltar a gigante loja, logo do lado de fora da tenda principal. Artigos como camisetas, canecas, cd’s dvd’s, mascaras do carnaval de Veneza, utensílios circenses, todos com a logomarca “Cirque du Soleil” estampadas.


Mas, enfim, começa o espetáculo. Não é uma tenda muito grande, o que aumenta a qualidade da peça, fazendo com que em todos os lugares seja perceptível a maquiagem de tom misterioso dos atores. Juntando números de incrível habilidade artística como malabarismo, trapézio, até performances muito engraçadas, o Cirque du Soleil oferece de tudo. Um número que particularmente chamou a minha atenção foi um apresentado por um casal com músculos extremamente definidos. Foi uma performance de equilíbrio humano. Faziam posições julgadas antes impossíveis por minha pessoa.

                 

A performance mencionada:



É um show que usa muito a interação com a platéia. De vez em quando vem um palhaço com más intenções buscar algum espectador para se juntar à bagunça do número de comédia que está sendo apresentado. Então, se você quiser mostrar para todos os presentes os seus dotes “comedio-dramáticos”, faça questão de sentar bem próximo ao palco, a chance é grande de você ser escolhido por um palhaço pau no c*.

 

Shows já degustados pelo pseudo-opinador que vos escreve:

            La Nouba (Orlando, FL)

                    

                     

                Quidam (intinerante)


                 

               Alegria (intinerante)

 

A trilha sonora inteiramente ao vivo, a banda a mostra para a platéia e até os personagens cantando usando microfones portáteis presos nas orelhas, todos impecáveis, fazem da música apresentada pelo Cirque du Soleil um espetáculo a parte.


          Claro que teve alguns números que além de serem impressionantes, julguei um tanto inúteis. Como pular corda de diferentes maneiras, por exemplo, muitas pessoas fazendo isso, foi legal, mas, “what the fuck?”.


Isso tudo faz com que o “Circo do Sol” se torne algo mágico. Com shows em todos os cantos do mundo, esta grande empresa vem crescendo de forma impressionante. Espetáculos que além de apresentar histórias circenses comuns ao estilo medieval e barroco, vão desde shows inteiramente embaixo da água (O), até uma apresentação baseada somente na banda The Beatles (Love). E um algo a mais: para os que vão contra o maltrato de animais em circos, fique sabendo que o Cirque du Soleil não usa animais em seus espetáculos.


Portanto, se você tiver a oportunidade de assistir a qualquer um dos 18 shows espalhados pelo globo, por favor, vá! Não irá se decepcionar, o máximo que pode acontecer é perderes a pipoca antes de começar o espetáculo, mas não se preocupe, uma novinha já está por vir.

 

mp3: Alegria - Cirque du Soleil

 

Resumo pro Volkmann: Cirque du Soleil é uma pira, se tu puderes assistir qualquer um dos 18 espetáculos, vá!